Escutando o sorriso dos pássaros
sexta-feira, outubro 30, 2009
domingo, outubro 25, 2009
sábado, outubro 17, 2009
aqui Jornalista: Carla Carvalho; Repórter de Imagem: António Pereira; Edição de Imagem: Francisco Carvalho
"Jardim Zoológico de Cristal", de Tennesse Williams, está no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, hoje e amanhã e depois vai deambular por aí. (Galiza, Porto, Lisboa, Aveiro, etc.)
quinta-feira, outubro 15, 2009
"Concierto de Aranjuez", 2º andamento, de Joaquin Rodrigo; Paco de Lucía com a Orquestra de Cadaqués
Na casa velha as tábuas do soalho rangem debaixo dos pés. O Douro cobalto avista-se da janela e o ruído feio da rua mistura-se com a guitarra de Paco de Lucía. As gaivotas dançam acima das copas dos plátanos e há bandeiras de Portugal que deslizam sobre as águas.
Antes que se chegue ao 3º andamento já o espelho negro segue salpicado de luzes enganosas. Ninguém está seguro.
quarta-feira, outubro 14, 2009
segunda-feira, outubro 12, 2009
Ilha Terceira, Açores, 1961
sábado, outubro 10, 2009
©Carla de Elsinore/Foto durante o discurso do Inauguration Day
Provavelmente é a esta lei das coisas que a América chama check and balance.
* Barack Obama, Prémio Nobel da Paz
quarta-feira, outubro 07, 2009
segunda-feira, outubro 05, 2009
© Francisco Carvalho, NU SINGULAR
Nota: clique para AUMENTAR mas não se assuste com a foto.
sexta-feira, outubro 02, 2009
domingo, setembro 27, 2009
JORGE VASQUES (1958, Coimbra - 2009, Porto)
A notícia chegou de madrugada, na forma de telefonema curto e incrédulo. O Jorge já não está cá. Horas depois, com uma noite mal dormida pelo meio, as palavras continuam a não fazer sentido e só me vem à cabeça o facto de, como seria habitual, não o ter cumprimentado depois do ensaio de imprensa de "O Feio", na última vez que o vi. Um pensamento absurdo, muito menos que morte.
Até sempre, Jorge. O teu sorriso e as estórias ficam comigo. A tua estrela brilha.
quinta-feira, setembro 24, 2009
Ontem a Casa da Música recebeu a estreia mundial de "La Douce", obra do compositor Emmanuel Nunes, também responsável pela adaptação dramatúrgica do conto homónimo de Fiódor Dostoiévski (em português, "A Submissa"), classificada como teatro musical e acerca da qual o próprio escreveu qualquer coisa como (cito de cor), " a música é paisagem sonora e os actores são haupstimme", conceito musical que tomei a liberdade de traduzir por "voz principal" - apesar de ter inúmeras vezes lembrado os 11 leitores deste blogue que de música...não entendo nada.
Em todo o caso, aqui deixo para os interessados, a reportagem televisiva que fizemos no dia do ensaio geral (um pequeno nada):
Reportagem exibida no Cartaz da SIC Notícias
Para quem tem curiosidade por detalhes sórdidos, diga-se que cerca de 10% dos 900 espectadores que esgotaram ontem a lotação da Sala Guilhermina Suggia, abandonaram o espectáculo antes do fim.
É o que sempre digo, sem menosprezar o direito de cada um gostar ou não de uma obra de arte: fiquem em casa que o ambiente agradece e as pessoas que até querem ver os espectáculos, malgré tout, também dão o seu contributo para o bom ambiente ao reduzirem substancialmente os seus instintos assassinos.
Só para terminar uma nota: das 3 vezes que tive oportunidade de assistir a espectáculos com obras de Emmanuel Nunes não pude deixar de comover-me com a emoção que transborda das pessoas que absolutamente o adoram e é uma coisa assim sem explicação, sinto-me tentada a adorá-lo também.
segunda-feira, setembro 21, 2009
domingo, setembro 20, 2009
É difícil evitar a palavra poesia quando se fala sobre os espectáculos do colectivo Circolando. Desta feita volto a utilizá-la sem complexos (aliás já o tinha feito na reportagem televisiva que está pronta para ser exibida há dois dias).
Em "Mansarda", fim do ciclo chamado Poética da Casa, primeiro são os cheiros e a terra e a água e a música e há mais silêncios do que é costume. Desenterram-se as memórias do que nunca se viveu e há momentos de beleza pura. Isto acontece em minutos, porque logo logo chegam as emoções e depois só há isso. E é muito.
No Teatro Carlos Alberto, até 27 de Setembro
Há uns meses, antes de apagar os posts, tinha aqui deixado as notas que se seguem a propósito do espectáculo "Casa-Abrigo", que precedeu esta "Mansarda". Aqui ficam.
Circolando: pura poesia
Fotografia TNSJ
Não fora o video de abertura, bem intencionado mas tecnicamente desastroso, e Casa-Abrigo seria um espectáculo perfeito. Para quem já se cruzou com o trabalho do Circolando não é uma total surpresa, no entanto, não deixa de merecer referência a forma como as produções do grupo sempre nos surpreendem. Casa-Abrigo não é teatro, não é dança, não é novo circo, é simplesmente poesia. Ah, e os figurinos são impecáveis. Julgo saber que o espectáculo vai andar por aí mas não acredito que se encontre melhor casa para o acolher que o Mosteiro de S. Bento da Vitória.
P.S. Juro que é coincidência mas não é que o "abrigo" está de volta.
sábado, setembro 19, 2009
A de abrigo, de Joana Rêgo
Exposição "A a Z Entre Imagens e Palavras", na Galeria Municipal de Matosinhos, até 18 de Outubro
sábado, setembro 12, 2009
"Os Idiotas", Comp. Meno Fortas de Eimuntas Nekrosius
Depois da estreia munidal em Itália, o TNS.João, eterno Porto de abrigo.
terça-feira, agosto 11, 2009
Serralves é um oásis. Sempre.
sexta-feira, julho 31, 2009
(1933-2009)
O Senhor Bobby Robson foi o único treinador de futebol que conheci - e acreditem que já lá vão uns tantos - que cumprimentava todos - T-O-D-O-S - os jornalistas antes de iniciar as conferências de imprensa (mesmo que tivesse perdido o jogo).
Um senhor, o Senhor Robson. Lamento que nunca tenha treinado o Benfica. Desportivamente falando, só me lembro de tal tristeza quando o Velho Capitão Mário Wilson nos deixou à deriva.
segunda-feira, julho 27, 2009
© Carla de Elsinore (Alentejo, JUL/09)
A planta chamada Rabinhos de Zorro*, tem, no Alentejo, um uso medicinal, travando dejecções indesejadas (leia-se diarreia).
Poderão os 10 leitores deste blogue interrogar-se por que motivo terei chegado a tal conhecimento. Ao que apenas poderei responder: "Bom, isso não interessa nada".
* a.k.a. "erva-de-serrã-pastor", segundo Manuel Anastácio
terça-feira, julho 21, 2009
terça-feira, julho 07, 2009
Solo, Philippe Decouflé
Enquanto não chega o Platel vejo Philippe Decouflé dançando com as sombras. Este espectáculo é verdadeiramente contemporâneo e podia servir de lição para muita gente sobre o bom uso de "novas tecnologias" em espectáculos.
+ info em tnsj
sábado, julho 04, 2009
segunda-feira, junho 29, 2009
sábado, junho 27, 2009
© Paulo Pimenta, O Grande
O Paulinho, aka Paulo Pimenta, O Grande, inaugurou hoje uma exposição na FNAC de Sta. Catarina. A Catarina, a Ana, o Carlos e o Pedro, aka Visões Úteis, juntaram os amigos para lhes mostrar a "nova casa", sito na Fábrica Social, aka Fundação do Escultor José Rodrigues (que só por causa dela já seria tão grande). Está tudo ligado. Até esta foto absolutamente normal que hoje o Bomba escolheu para "ambiente" do computador. Também veio com os amigos, outros, a banda, na serra de Montemuro*.
© Carla de Elsinore (Serra de Montemuro, JUN/2008)
Há noites que tornam os nossos dias melhores e que, por instantes, nos fazem esquecer que o mundo afinal não tem só dois tipos de pessoas**.
* há uma minúscula probabilidade de não ser Montemuro. Nunca fui boa para datas
sexta-feira, junho 26, 2009
Le salon , colectivo Peeping Tom ©Marc Deganck
Este não é o público habitual dos espectáculos do TeCa. Há corpos magros e músculos definidos cadeira sim, cadeira não. Fechamos os olhos e vibramos, por uns segundos, com o burburinho na sala. Caem as luzes, o silêncio instala-se. Entrámos agora mesmo num lugar estranho. É colectivo Peeping Tom a abrir as portas do ciclo de dança contemporânea "Dancem!09". Estas pessoas não são feitas do mesmo material que eu. Dancem, vá!
terça-feira, junho 23, 2009
sábado, junho 20, 2009
sexta-feira, junho 19, 2009
Abertura-Fantasia Romeu e Julieta de Piotr Tchaikovski (final)
ROMEO
Let me be ta'en, let me be put to death;
I am content, so thou wilt have it so.
I'll say yon grey is not the morning's eye,
'Tis but the pale reflex of Cynthia's brow;
Nor that is not the lark, whose notes do beat
The vaulty heaven so high above our heads:
I have more care to stay than will to go:
Come, death, and welcome! Juliet wills it so.
How is't, my soul? let's talk; it is not day.
JULIET
It is, it is: hie hence, be gone, away!
It is the lark that sings so out of tune,
Straining harsh discords and unpleasing sharps.
Some say the lark makes sweet division;
This doth not so, for she divideth us:
Some say the lark and loathed toad change eyes,
O, now I would they had changed voices too!
Since arm from arm that voice doth us affray,
Hunting thee hence with hunt's-up to the day,
O, now be gone; more light and light it grows.
ROMEO
More light and light; more dark and dark our woes!
excerto do 3º Acto de "Romeu e Julieta" de William Shakespeare
quarta-feira, junho 17, 2009
sábado, junho 13, 2009
quinta-feira, junho 11, 2009
segunda-feira, junho 08, 2009
© Carla de Elsinore (Alentejo/2008)
VOLTAR
Hesitei em voltar a casa dos meus pais. Como é que eles fazem quando chove? pensei eu. Depois lembrei-me que havia um tecto no meu quarto. "Não importa!" e, desconfiado, não quis voltar.
É em vão que agora me chamam. Assobiam, assobiam na noite. Mas é em vão que utilizam o silêncio da noite parar chegar até mim. É absolutamente em vão.
"Voltar", em Antologia - Henri Michaux; Ed. Relógio d'Água; trad. Margarida Vale de Gato
domingo, junho 07, 2009
© Carla de Elsinore 2009
Os bebés das minhas gaivotas fazem hoje uma semana.
* Título surripiado ao colectivo MPFC (como qualquer criatura de bem saberá)
quarta-feira, maio 27, 2009
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Gone fishing", Bing Crosby & Louis Armstrong
"E Schopenhauer também parecia ter visitado essa província mundana e néscia quando dizia que acontece na literatura como na vida: para qualquer lado que nos voltemos, chocamos logo com a incorrigível vulgaridade da humanidade, que está em legiões em todo o lado, enchendo tudo, e sujando tudo, como as moscas no Verão, e daí a quantidade de livros maus, aquilo a que ele chamava a erva daninha."
em O Mal de Montano, VILA-MATAS, Enrique, Ed. Teorema