Escutando o sorriso dos pássaros

domingo, setembro 27, 2009

Até Sempre, Jorge!


JORGE VASQUES (1958, Coimbra - 2009, Porto)

A notícia chegou de madrugada, na forma de telefonema curto e incrédulo. O Jorge já não está cá. Horas depois, com uma noite mal dormida pelo meio, as palavras continuam a não fazer sentido e só me vem à cabeça o facto de, como seria habitual, não o ter cumprimentado depois do ensaio de imprensa de "O Feio", na última vez que o vi. Um pensamento absurdo, muito menos que morte.
Até sempre, Jorge. O teu sorriso e as estórias ficam comigo. A tua estrela brilha.



quinta-feira, setembro 24, 2009

"La Douce"

Ontem a Casa da Música recebeu a estreia mundial de "La Douce", obra do compositor Emmanuel Nunes, também responsável pela adaptação dramatúrgica do conto homónimo de Fiódor Dostoiévski (em português, "A Submissa"), classificada como teatro musical e acerca da qual o próprio escreveu qualquer coisa como (cito de cor), " a música é paisagem sonora e os actores são haupstimme", conceito musical que tomei a liberdade de traduzir por "voz principal" - apesar de ter inúmeras vezes lembrado os 11 leitores deste blogue que de música...não entendo nada.
Em todo o caso, aqui deixo para os interessados, a reportagem televisiva que fizemos no dia do ensaio geral (um pequeno nada):


Reportagem exibida no Cartaz da SIC Notícias

Para quem tem curiosidade por detalhes sórdidos, diga-se que cerca de 10% dos 900 espectadores que esgotaram ontem a lotação da Sala Guilhermina Suggia, abandonaram o espectáculo antes do fim.
É o que sempre digo, sem menosprezar o direito de cada um gostar ou não de uma obra de arte: fiquem em casa que o ambiente agradece e as pessoas que até querem ver os espectáculos, malgré tout, também dão o seu contributo para o bom ambiente ao reduzirem substancialmente os seus instintos assassinos.

Só para terminar uma nota: das 3 vezes que tive oportunidade de assistir a espectáculos com obras de Emmanuel Nunes não pude deixar de comover-me com a emoção que transborda das pessoas que absolutamente o adoram e é uma coisa assim sem explicação, sinto-me tentada a adorá-lo também.



segunda-feira, setembro 21, 2009

Mais um contributo para "Mansarda"

Reportagem exibibida no Cartaz, da SIC-Notícias.

domingo, setembro 20, 2009

"Mansarda"

É difícil evitar a palavra poesia quando se fala sobre os espectáculos do colectivo Circolando. Desta feita volto a utilizá-la sem complexos (aliás já o tinha feito na reportagem televisiva que está pronta para ser exibida há dois dias).
Em "Mansarda", fim do ciclo chamado Poética da Casa, primeiro são os cheiros e a terra e a água e a música e há mais silêncios do que é costume. Desenterram-se as memórias do que nunca se viveu e há momentos de beleza pura. Isto acontece em minutos, porque logo logo chegam as emoções e depois só há isso. E é muito.


Foto © João Tuna

No Teatro Carlos Alberto, até 27 de Setembro


Há uns meses, antes de apagar os posts, tinha aqui deixado as notas que se seguem a propósito do espectáculo "Casa-Abrigo", que precedeu esta "Mansarda". Aqui ficam.

Circolando: pura poesia


Fotografia TNSJ

Não fora o video de abertura, bem intencionado mas tecnicamente desastroso, e Casa-Abrigo seria um espectáculo perfeito. Para quem já se cruzou com o trabalho do Circolando não é uma total surpresa, no entanto, não deixa de merecer referência a forma como as produções do grupo sempre nos surpreendem. Casa-Abrigo não é teatro, não é dança, não é novo circo, é simplesmente poesia. Ah, e os figurinos são impecáveis. Julgo saber que o espectáculo vai andar por aí mas não acredito que se encontre melhor casa para o acolher que o Mosteiro de S. Bento da Vitória.


P.S. Juro que é coincidência mas não é que o "abrigo" está de volta.

sábado, setembro 19, 2009

Reparo agora que a palavra abrigo aparece nos dois posts que antecedem este, que afinal nem sei se o é, post, quero dizer, porque abrigo é com certeza uma das minhas palavras. Passando os olhos por estes posts, rapidamente antes de "desligar", essa descoberta aparece-me como revelação. Da hora tardia, talvez, ou da merda de dia, que acabou noite clara (apesar da chuva) como poucos dias há. Uma epifania na forma de palavra, prestes a completar 41 anos de idade.



Não se pode perder porque absolutamente se ganha, a lindíssima exposição de Joana Rêgo, na Galeria Municipal de Matosinhos. De A a Z. Apaixonei-me por umas quatro ou cinco letras, sem mais nem ontem: M, J, A, T, etc. Aqui fica A.

abrigo
A de abrigo, de Joana Rêgo

Exposição "A a Z Entre Imagens e Palavras", na Galeria Municipal de Matosinhos, até 18 de Outubro



sábado, setembro 12, 2009

Quando, por momentos, está em causa a minha condição agnóstica: Nekrosius, o Mais que tudo, estou pronta


"Os Idiotas", Comp. Meno Fortas de Eimuntas Nekrosius

Depois da estreia munidal em Itália, o TNS.João, eterno Porto de abrigo.




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